Marcos, 23 anos, namora a Di, tem uma gata chamada Sofia. Adora música, cinema, HQs, livros, séries de TV, videogames e tudo que é gadget.
Estuda cinema na FAAP, tenta fazer filmes e assiste tudo que tem chance.
Acumula CDs, DVDs e HQs pela casa.
Sonha em ter um quarto só de depósito. Toma banho quente até no calor e água gelada e sorvete até no frio.
Paulista, paulistano e são-paulino.
Fã de mais bandas e filmes do que dá pra citar. (é melhor perguntar)
Há pouco menos de duas semanas, senão me engano, a Nintendo revelou o nome de seu novo console, anteriormente chamado pelo codinome "Revolution". O novo nome era (e ainda é) Wii. A internet explodiu. Só se falava nisso. Muita gente reclamou. "É um nome feio", "parece Wee" (algo como "xixi" em inglês), "não é uma palavra" e outras frases foram usadas para criticar a iniciativa da Nintendo. Houveram aqueles que, imagine, previram que esse seria o fim da companhia que salvou os videogames após o fracasso da Atari. O que eu disse na época é o que eu ainda acho. Não é um nome maravilhoso, mas dizer que algo está destinado ao fracasso por causa disso é forçar um pouco a barra. Como eu previ, as piadinhas de urina já estão mais do que cansadas e as pessoas já estão se acostumando com o nome. O mundo não acabou. Amanhã começa a E3 (a maior feira de games do mundo), e ontem a Sony realizou sua conferência pré-E3, onde são revelados todos os planos e novidades que estarão disponíveis no evento. E foram lançadas as bombas. Além de não anunciar nenhum grande jogo para o lançamento, e anunciar poucos jogos de verdadeiro peso (acredito que apenas Metal Gear Solid 4 e Final Fantasy XIII se encaixam nessa categoria), a Sony anunciou que o console virá em duas versões: a versão "para os pobres", que custará incríveis US$ 500,00 e o pacote "de verdade", pelo preço camarada de US$ 600,00. Lembrando que a Microsoft fez algo similar, mas cobrando US$ 300 pelo mais barato e US$ 400 no mais caro. O pacote básico do PS3 virá com um HD de 20GB, sem saída HDMI (necessária para quem quiser assistir filmes Blu-Ray em 1080p), sem leitores de cartões de memória e sem Wi-Fi. Como se não bastasse, a companhia aproveitou para revelar seu novo controle. Sim, o controle bumerangue apresentado na E3 passada foi tirado de cena. Em seu lugar, uma nova versão do DualShock, mas que contém (surpresa!) sensores de movimento! Qualquer semelhança com o controle revolucionário do Wii não deve ser mera coincidência. Felizmente para a Nintendo, o controle da Sony está longe de ser inovador como o do Wii. Além da óbvia diferença ergonômica (o controle do Wii foi pensado para ser usado livremente com uma mão só), o acelerômetro presente no controle do PS3 captará apenas inclinações, ao invés de realmente detectar a posição do controle. Com isso será possível simular um manche ou coisa parecida, mas será impossível vermos no PS3 um jogo como Red Steel, um jogo de tênis como aquele mostrado pela Time Magazine e muito menos um simulador de sabres de luz. E o último detalhe: de acordo com a Sony, a função de vibração interfere com os sensores usados no controle, de modo que essa função será retirada. Nada de rumble no PS3. É uma tentativa de cópia meia-boca (que na verdade copia um controle lançado pela Microsoft para PCs, embora me pareça claro que a intenção foi imitar o controle do Wii). Antes desta E3, eu apostava que Wii e PS3 competiriam pelo primeiro lugar pelo mundo. Agora já começo a duvidar. Porque pelo preço de um PS3 será possível comprar um XBox 360 E um Wii. Porque a vantagem gráfica do PS3 sobre o X360 não será tão grande assim, especialmente em ports. Porque o controle do PS3 nem tocará os pés do controle do Wii. Porque a Sony até agora não anunciou nenhum título de peso para embalar o lançamento do PS3, ao passo que o lançamento do Wii terá Dragon Quest (o jogo que simplesmente é proibido de sair no Japão em dia de semana, para minimizar faltas em empregos e escolas), Super Smash Bros (que no GameCube ainda é o jogo mais vendido) e Zelda. Tudo isso ANTES da conferência da Nintendo, que será em menos de duas horas. E a Microsoft pode muito bem ter Halo 3 (simplesmente o jogo mais esperado da E3) para combater o lançamento do PS3. E com isso tudo, o a liderança do PS3 começa a parecer incerta. Acredite ou não, isso não me deixa muito feliz, já que eu prefiro ver a Sony do que a Microsoft no topo e sinceramente torço para que o Blu-Ray (e não o HD-DVD) se torne padrão. E a Sony apostou tudo no PS3, já que dizem por aí que ela perdeu cerca de um bilhão de dólares com ele. Com isso tudo também aprendemos que preço, jogos, funções e aparência (o Wii é muito mais bonito e menor do que o PS3, que pesa 5kg) contam bem mais do que o nome da coisa. Da mesma forma que aconteceu na revelação do nome "Wii", a internet está cheia de pessoas criticando a Sony pelo preço, falta de jogos e controle ridículo. Mas ao contrário do nome do console da Nintendo, estas não me parecem questões com as quais as pessoas se conformem tão facilmente.